09 abril 2009

Pterophyllum scalare








Nome popular: Acará Bandeira, Bandeira, Angel Fish
Nome científico: Pterophyllum scalare, Schultze, 1823 
Família: Cichlidae
Origem: América do Sul / Bacia Amazônica, Peru, Colômbia, Guiana Francesa
Sociabilidade: Cardume
pH: 6.0 a 6.8
Temperatura: 24 a 28ºC
Dureza da água: Mole
Tamanho adulto: aproximadamente 15 cm
Alimentação: Onívoro, come de tudo, é importante acrescentar alimento vivo à sua dieta pelo menos uma vez por semana, podem ser daphnias, artêmias, enquitréias, etc. Também é recomendado oferecer ração complementar à base de vegetais / algas, já que eles tendem a se alimentar de plantas de folhas muito delicadas como a Mayaca fluviatilis.

Dimorfismo sexual: Já lí que o macho possui um "galo" na cabeça, que na verdade é a fêmea, que o ângulo da nadadeira anal deles é diferente, que o número de espinhos da dorsal difere, enfim, várias afirmações que acabaram se mostrando contraditórias. O que se pode afirmar com certeza é que a fêmea possui o ventre mais roliço e ovopositor evidente na época de desova, já o macho apresenta o ventre mais afilado, retilíneo.

Comportamento: Territorialista com os da mesma espécie, pacífico com os demais. Por serem de cardume, necessitam ser mantidos em pelo menos 5 indivíduos, o que requer aquários acima de 250 litros. Já lí recomendações do tipo "mantenha em 3 espécimes que já está bom", isso é um erro, 3 não chega nem perto de um cardume e se formar um casal entre eles, o terceiro ficará isolado e provavelmente apanhará dos outros vindo a ficar estressado, acuado, sem se alimentar e sujeito à doenças.

Outra coisa importante é escolher seu cardume e mantê-los juntos desde pequenos, caso possua vários adultos e queira colocar um filhote novo, ele pode não ser aceito pelo cardume e apanhar muito, como consequência se isola, não consegue comer normalmente, tem o sistema imunológico comprometido e pode ficar doente e morrer ou então, o bandeira adulto dominante do cardume pode chegar a bater no mais novinho a ponto de matá-lo.

Reprodução: Ovíparo, o casal vai "limpar" o local escolhido para a desova, geralmente uma superfície plana como troncos, rochas, plantas de folhas largas e mais rígidas, até mesmo o vidro do aquário.

A fêmea deposita os ovos e o macho os fertiliza logo em seguida, logo após o processo, o casal irá cuidar da desova ajudando na oxigenação dos ovos, retirando os não fecundados ou atacados por fungos e afastando qualquer peixe que se aproximar, justamente por isso é recomendado um aquário separado para a reprodução deles, evitando o estresse tanto para a população do aquário quanto para os pais que podem vir a comer os ovos caso sejam muito importunados.

Os ovos eclodem em cerca de 24 - 48 horas, nos primeiros 3 a 5 dias após a eclosão, os alevinos se alimentam do saco vitelino, ao fim deste período, eles começam a nadar perto dos pais. A partir desta etapa podem ser oferecidos alimentos vivos de acordo com o tamanho dos filhotes, náuplios de artêmia, ovos de artêmia sem casca, infusórios e rações específicas para alevinos de ovíparos.

É recomendado usar filtro interno de espuma ou então perlon na entrada do filtro externo do aquário de reprodução para evitar sugar os filhotes. Com cerca de um mês os filhotes já podem ser separados do casal, ou assim que os dois pararem de demonstrar interesse por eles.

Tamanho mínimo do aquário: 100 litros para reprodução, acima de 250 litros para comunitários. Por serem de porte grande e cardume, o aquário deve possuir bastante espaço para nadarem, portanto, de preferência sempre aquários com no mínimo 1 metro de frente.

Outras informações: O Bandeira já possuiu vários nomes científicos diferentes e só na década de 60 recebeu o definitivo. Eles recebem este nome científico por causa do formato do corpo, o Pterophyllum é referente a folha alada e o scalare a escada, que no caso pode ser associada aos raios da nadadeira dorsal que possuem tamanhos diferentes e são dispostos em ordem crescente.

Como existem diversas variedades desta espécie - palhaço, pérola, ouro, negro, albino, etc - ela oferece uma ampla gama de opções para o aquarista escolher, uma dica é se ater a apenas uma variedade, o aquário vai ficar mais natural e não vai paracer um carnaval de cores.

Uma boa opção é mantê-los em aquários ditos "biótopos", que tentam recriar um determinado ambiente, ex: águas escuras, moles, quentes e ácidas, vários troncos e folhas e um substrato de areia com algumas plantas flutuantes para fazer sombra. Ficam magníficos em aquários assim.

Deve-se evitar companheiros muito agitados e conhecidos por mordiscarem as nadadeiras de peixes mais lentos e também os de tamanho diminuto que podem virar refeição de bandeiras maiores. Prepare-se para desfrutar de sua companhia por um bom tempo, pois vivem cerca de 7 a 10 anos ou até mais.


Cinthia Emerich

Bibliografia consultada

1 comentários:

NaturePlanet disse...

Muito legal a matéria, parabéns!