12 maio 2009

Neolamprologus multifasciatus












Nome Popular: Multie, Mult Bars Cichlid
Nome Científico: Neolamprologus multifasciatus, Boulenger, 1906
Família: Cichlidae
Origem: África / Lago Tanganyika
Sociabilidade: Colônias
pH: 8.6 a 9.2
Temperatura: 24 a 26ºC
Dureza da água: dura
Tamanho adulto: 4 a 5 cm os machos e até 2.5 cm as fêmeas
Alimentação: Na natureza se alimenta do plâncton trazido pela correnteza e de pequenos invertebrados, além da ração é recomendado oferecer alimentos vivos (artêmias, daphnias, enquitréias, larvas de mosquitos) para incentivar a reprodução e manter seu multie com belas cores e ótima saúde. Não se deve deixar faltar o complemento vegetal (rações à base de vegetais/algas) aumentando assim a variedade e qualidade da alimentação.

Dimorfismo sexual: O macho é maior e a fêmea menor e fica mais escura em época de reprodução. A sexagem é feita também pela nadadeira dorsal - nos machos ela passa o pedúnculo caudal e nas fêmeas não - e pela membrana visceral: nas fêmeas é maior e lembra um quadrado, nos machos é menor e em ângulo mais reto, afunilando dos opérculos para o ânus (quase triangular).


Comportamento: São peixes territoriais e agressivos, cuidam muito bem de suas conchas.
Reprodução: Eles irão limpar o lugar, cavar, enfim... deixar tudo pronto para a desova.
O macho exibirá suas cores ao máximo, apresentará as nadadeiras eriçadas e nadará perto da fêmea apresentando movimentos erráticos, com leves tremores, nadando e parando constantemente tentando levá-la para a concha. Quando está pronta para desovar, a fêmea apresenta o ovopositor bem visível, cores fortes e a desova ocorre geralmente à noite com uma quantidade de ovos variável, mas normalmente pequena dado o diminuto tamanho da fêmea.

Fêmea com cores fortes, em época de desova

A fêmea deposita os ovos e o macho os fertiliza logo em seguida. Ambos ficam cuidando dos ovos – agitando as nadadeiras para que a água circule por entre eles, retirando os ovos não fecundados ou atacados por fungos – até que eclodam alguns dias depois. Logo após a eclosão os filhotes ainda ficam no local da desova e vão se alimentando do resto do saco vitelino, alguns dias depois a fêmea começa a trazê-los para fora da concha, mas sempre sob seu cuidado atento.
A partir deste momento podemos iniciar a alimentação dos pequenos: infusórios, nauplios de artêmia, ovos de artêmia sem casca, ração específica para alevinos de ovíparos, etc., conforme os filhotes forem crescendo alimentos vivos maiores podem ser oferecidos. Os pequenos ficam agrupados e sempre perto dos pais ou das conchas no começo, mas aos poucos vão se aventurando pelo aquário, por isso mesmo é bom manter a entrada do filtro (se for o externo) coberta com perlon para evitar acidentes.

Pequeno alevino em seu primeiro dia fora da concha

Como os adultos não atacam os filhotes, é comum ver várias gerações habitando uma mesma colônia, quando os machinhos crescem eles podem continuar na colônia ou sair em busca de fêmeas para formar outro grupo. Alguns machos que continuam nas colônias mantém um tamanho menor para poder passar por fêmea e não sofrer ataques do macho dominante.

Tamanho mínimo do aquário: 40 litros para monoespécie, com no mínimo 50 cm de frente e acima de 80 litros para comunitários.

Outras informações: Antigamente esta espéceie possuía o nome de Lamprologus multifasciatus, mas depois de alguns estudos passou a ser chamada Neolamprologus multifasciatus.

O que falta em tamanho sobra em personalidade nestes lindos ciclídeos, em um dos vídeos do lago - os links estão no final da ficha - aparece um pequeno multie defendendo a sua casa de um pequeno crocodilo!

São chamados de shell dwellers devido aos seus hábitos, pois usam conchas vazias como local para viver, se reproduzir, refugiar, etc. As conchas usadas no lago Tanganyika são do gastrópode Neothauma tanganicense, este peixe não enterra suas conchas como no caso de outros conchícolas, eles escavam um buraco fundo (que pode chegar até o vidro inferior do aquário) em volta das conchas e depois as empurram para ele.

Um aquário ideal para eles deve possuir substrato de baixa granulometria - pois gostam de escavar - que pode ser aragonita, calcita, dolomita, areia ou substratos industrializados especiais. Água com pH, GH e KH elevados, conchas, temperatura de no máximo 26ºC e iluminação moderada. Sais especiais são indicados para ajudar na manutenção dos parâmetros ideais da água do aquário.



Fêmeas


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