24 junho 2009

Fundulopanchax gardneri


Macho - variedade albina


Fêmea - variedade albina





Nome Popular: Gardneri, Killi
Nome Científico: Fundulopanchax gardneri, Boulenger, 1911
Família: Nothobranchiidae
Origem: África / drenagens do Rio Cross (Nigéria e Camarões)
Sociabilidade: Casal / Trio ou sozinho
pH: 6.0 a 7.0
Temperatura: 22 a 26ºC
Dureza da água: Mole
Tamanho adulto: 6,5 cm
Alimentação: A base da alimentação deve ser, de preferência, com alimentos vivos (artêmias, daphnias, enquitréias, larvas de mosquitos) embora aceite ração.

Dimorfismo sexual: O macho é maior, mais colorido, apresenta pontas das nadadeiras anal, dorsal e caudal ligeiramente afiladas e ventre retilíneo. A fêmea é menor, possui o ventre roliço e as cores bem mais pálidas.


Comportamento: Pacíficos.
Reprodução: O gardneri é um killi semi-anual, são bem prolíficos desovando uma grande quantidade de ovos. Na natureza desova tanto no substrato quanto nas raízes de plantas, portanto os ovos podem ser tratados das duas maneiras: com diapausa em turfa ou apenas manter na água. As desovas ocorrem normalmente logo cedo pela manhã e no final da tarde, a coloração dos ovos é de âmbar bem suave, costumam ser bem rígidos e os não fecundados acabam sendo atacados por fungos e se tornam brancos.
Em aquários é comum usar, para recolher os ovos, as conhecidas "bruxinhas" (também chamadas de mops), que são fios de lã presos em algo que flutue. Também podem ser usadas plantas flutuantes (Pistia, Salvinia, Phyllanthus, etc) e musgos.
A incubação dos ovos costuma durar cerca de 14 a 16 dias e deve ser feita separada dos pais, os ovos devem ser transferidos para outro recipiente contendo a mesma água do aquário dos adultos e mantidos lá até a eclosão. Trocas parciais de água no recipiente podem e devem ser feitas, mas com o cuidado de não se trocar muita água por vez, quando o momento da eclosão vai se aproximando os ovos começam a escurecer mais e os olhinhos dos alevinos se tornam visíveis.
Os alevinos podem ser alimentados com infusórios, náuplios de artêmias e microvermes no começo, posteriormente, conforme o desenvolvimento for ocorrendo, alimentos maiores podem ser oferecidos. Desde que bem alimentados e cuidados, os filhotes podem atingir 2,5 cm em apenas 5 semanas de vida e com cerca de 8 semanas os machos já começam a mostrar a coloração característica.
Tamanho mínimo do aquário: Para apenas um casal 20 litros, para aquários comunitários acima de 30 litros.

Outras informações: É um killi relativamente comum de se encontrar nas lojas, é recomendado aos iniciantes por sua beleza e facilidade na reprodução. Na natureza são encontrados em riachos, pântanos, charcos de florestas úmidas, savanas e florestas chuvosas. Existem várias populações desta espécie (pelo menos 15) e a coloração das variedades muda conforme os locais onde são encontradas, pode-se encontrar desde os mais puxados para o amarelo, vermelho, verde ou até azul. São peixes bem sensíveis ao Oodinium assim como boa parte dos killifishes.

Na natureza podem ser encontrados em águas com apenas 2 a 3 cm de profundidade, as vezes até mesmo sobre substratos de folhas caídas ou lamacentos. A adaptação a este ambiente extremo os levou a outro "salto" evolucionário - desculpem o trocadilho mas... - eles são excelentes saltadores! É comum, em ambientes extremamente rasos como os que eles vivem, a necessidade de se moverem de uma poça para outra, então eles fazem isso literalmente pulando e se arremessando de poça em poça ou folha em folha. Justamente por isso o aquário onde forem mantidos deve ser muito bem fechado!!!



Cinthia Emerich

Bibliografia consultada:

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